Como jornalista aqui do Sua Música, um site de entretenimento, onde o principal intuito é divertir as pessoas com música, nunca imaginei que precisaria falar sobre morte. Não é das coisas mais fáceis falar sobre a perda de uma pessoa, principalmente se essa pessoa representa algo muito forte para seu ritmo preferido, o Forró.<b>- </b><a href="http://www.suamusica.com.br/hugogualberto">Mais notícias do Forró</a>Na última sexta-feira (16), a cantora Eliza Clívia, que viveu o auge de sua carreira ao lado da Cavaleiros do Forró, como uma das principais bandas de Forró do Brasil, faleceu em um trágico acidente de trânsito. A notícia já era chocante inicialmente, mas ganhou proporções enormes e o que se esperava chocar apenas os forrozeiros, acabou ganhando os noticiários de todo o país, indo parar até mesmo no principal jornal da televisão brasileira.Isso só mostra o tamanho da grandeza de Eliza, por mais que atualmente não fossem muitas as pessoas que acompanhassem sua carreira, ela marcou o seu lugar na história do ritmo. Hoje, muitos adultos viveram suas músicas na adolescência. Quantas pessoas, nas inúmeras mensagens, não falaram: "Lembra daquele tempo que ouvíamos tal música?". Eliza era uma artista do hoje, mas também do ontem.(image)Se tem uma coisa que é muito forte nas pessoas, essa coisa é a nostalgia. Sabe aquela música que nós ouvíamos muito há dez anos, que hoje pouco escutamos, mas que se toca uma vez nos traz uma lembrança muito boa? E sempre que nós queremos retomar essa lembrança, nós podemos ir lá e escutar novamente. Eliza se foi e muitas pessoas pensaram que agora não poderiam voltar a vê-la outra vez, não poderão ir a outro show, não poderão dar outro abraço, tirar uma foto, ouvir, mesmo que não seja rotineiramente.Apesar disso e por mais que pareça clichê, Eliza está mais do que viva, viva na memória de todos, viva em toda uma carreira de mais de 20 anos.Parece até uma grande ironia do destino, mas Eliza faleceu no ano em que completava 20 anos de carreira, mesmo ano em que iniciou seu projeto solo. Ela sofreu o acidente após se apresentar em um programa de televisão e fazer aquilo que mais gostava, cantar. Ela partiu ao lado de seu marido, Sérgio Ramos, ou "Munição", como era conhecido. Que decidiu largar tudo ao lado da esposa para iniciar esta nova fase, pois acreditou até o fim nos sonhos dela e a seguiu e apoiou em todos os momentos.(iframe)(Último vídeo de Eliza)Antes de escrever o texto eu pensei em mil possibilidades para homenagear Eliza. Talvez juntar alguns grandes sucessos da cantora em uma matéria, relembrar sua história, mas no fim das contas achei que um pequeno texto, mostrando que ela ainda estará viva na memória das pessoas, valeria muito mais a pena.Eliza se foi com seu marido, mas a história dela continua aqui. E não, não tem problema se você não ouvia desde a Cavaleiros do Forró e voltou a ouvir após sua morte, não ache que você só está valorizando porque ela se foi. Pense apenas que você está revivendo o seu passado através dela. Que você está lembrando e homenageando uma pessoa que fez parte de sua vida.Obrigado, Eliza! Você, sem saber, fez parte da vida de muitas pessoas.(image)